http://www.anped.org.br/reunioes/31ra/1trabalho/GT10-4398--Int.pdf
De modo geral, o texto de Débora Maciel procura ressaltar a
importância de compreender a relação adequada entre a linguagem falada e a
escrita, no contexto do aprendizado, desde os primeiros anos do ensino
fundamental, quando o aluno passa a ter o primeiro contato com textos de
caráter narrativo e interpretativo.
Para conduzir seu estudo, a autora lança mão da comparação e
avaliação de fragmentos de duas coleções pedagógicas indicadas pelo programa
Nacional do Livro Didático, analisando a maneira como as duas modalidades de
linguagem (escrita e falada) são apresentadas aos alunos. Dessa forma, ela
procura listar as contribuições dos conteúdos apresentados e identificar falhas
e lacunas nos métodos utilizados para caracterizar os padrões textuais aos
estudantes.
Em suas considerações e definições de conceitos (sempre
embasados em opiniões de diversos autores), Débora dá ênfase à necessidade de quebrar
certos paradigmas e ideias comumente aceitas, em especial a noção popular de
que a principal diferença entre a linguagem oral e a escrita encontra-se no
grau de formalidade e adequação à norma culta, utilizadas nesses discursos. Ela
se esforça por desmistificar essa polarização entre os estilos, dando exemplos
de textos que se apresentam tão informais quanto conversas corriqueiras, e
discursos orais que seguem a linha de produções acadêmicas ou textos
rebuscados.
Ela também se aprofunda na questão
apresentando o conceito de perspectiva de análise, classificando a linguagem
em:
-
estruturalista: linguagem como expressão do pensamento;
-
transformacionalista: linguagem como instrumento de
comunicação;
-
enunciativa: linguagem como processo de interação;
Débora também esclarece que, o que determina,
fundamentalmente, a diferença entre os gêneros de linguagem, é o objetivo, o propósito
e o contexto em que o discurso está sendo criado. Dessa forma, dependendo
desses parâmetros, uma conversa falada em um meio formal pode ser muito mais
trabalhada do que um bilhete escrito para um familiar, por exemplo.
Por fim, a autora conclui que existe a necessidade de um
estudo mais aprofundado acerca da relação fala-escrita, uma vez que este passou
a ser um tema amplamente abordado no meio didático, tendo função fundamental na
ambientação da criança aos diferentes gêneros de linguagem que encontrará ao
longo da vida.
Mara, a síntese está boa. Faltou a segunda parte da atividade: b). Estabelecer links com experiências em escolas públicas da região da Baixada Fluminense ou de outras localidades.
ResponderExcluirComplete a atividade e comunique-me!
Abs
Ivan