terça-feira, 16 de outubro de 2012

MÍDIA ESCRITA E LETRAMENTO: Jornais e revistas na sala de aula (texto produzido pela equipe de professores da escola municipal Adlai Stevenson)

Grupo 3

Esse é meu grupinho show de bola!
Não pude participar da apresentação porque estava em lua-de-mel, mas fui incumbida de postar uma resenha a respeito do assunto.

RESENHA

     Em sua introdução, o texto faz uma breve crítica à caracterização, comumente observada, da leitura como uma prática voltada ao mero prazer pessoal, e ressalta a importância (muito negligenciada) da mesma como um instrumento funcional capaz de instruir o leitor acerca da realidade que o cerca, sendo, portando, um elemento de integração social presente no cotidiano do indivíduo. A associação da leitura exclusivamente com a ideia de lazer, entretenimento ou análises subjetivas e pessoais de temas diversos é, portanto, limitadora, na medida em que exclui a sua função de munir o individuo de ferramentas que o capacitem a criticar e intervir na realidade. Dessa forma, os autores valorizam a contemplação da leitura como um dever, uma exigência social, e não um simples método de satisfação pessoal.
      Além disso, o texto também rompe com a noção comum de que a escrita é um mero instrumento de comunicação, e expande sua função como mecanismo que permite a organização do próprio pensamento, por possibilitar as operações intelectuais abstratas que se fazem cada vez mais necessárias no ambiente atual, moldado pelas transformações do progresso tecnológico.
Esse mesmo progresso é o responsável pelo surgimento de uma grande diversidade de formas para materializar a linguagem escrita, criando múltiplos veículos através dos quais os textos podem ser transmitidos.  Essa ampla variedade possibilita que públicos distintos tenham acesso a esses conteúdos, estreitando as distâncias existentes entre classes sociais ou diferentes níveis de instrução.
      O texto também explora o caráter subjetivo que deve ser naturalmente associado à leitura. Ou seja, o modo como o texto é interpretado pelo leitor depende de inúmeros fatores intrinsecamente ligados à sua própria realidade, incluindo aspectos sociais, culturais e emocionais. Dessa forma, a leitura assume uma posição de extrema versatilidade, uma vez que o conteúdo abordado pode ser absorvido de maneiras totalmente distintas dependendo da intenção do leitor e do contexto em que o mesmo se encontra inserido. Como consequência, são listadas 4 formas principais básicas de relacionamento com o texto: leitura-busca-de-informações; leitura-estudo-de-texto; leitura do texto-pretexto e leitura fruição-do-texto.
      Em sua fase final, o texto passa a abordar a utilização da linguagem escrita presente na imprensa como ferramenta pedagógica, capaz de aproximar o aluno do mundo que o cerca, e tornar a experiência de aprendizado mais prazerosa e significativa, por colocar o estudante em contato com temas que fazem parte de sua realidade cotidiana.  
      Os dois veículos de imprensa abordados pelo texto são os jornais e as revistas, sendo feita uma breve avaliação das características gerais e das possibilidades de utilização de cada um deles. No que diz respeito aos jornais, é discutido o fato de haver pouca motivação didática para a utilização de seus textos como uma forma de introduzir uma leitura mais complexa entre os alunos, sendo o seu uso comumente limitado à obtenção de informações. É feita, então uma análise a respeito da popularidade da leitura de jornais no Brasil, além de considerações quanto ao modo como são construídas as manchetes das edições, e a natureza dos textos. Ao abordar a utilização de revistas, os autores destacam a função cultural mais complexa que esse meio apresenta, lembrando que as mesmas também possuem um caráter de entretenimento mais evidente do que os jornais. Analisando a estrutura das revistas, o texto se detém sobre 2 pontos principais, que podem ser aproveitados como fonte de atividades didáticas: a capa e o índice.
Em suas considerações finais, o texto faz uma crítica à tendência de utilizar jornais e revistas nas salas de aula tendo como foco a exploração da estrutura específica desses meios, ou a simples análise das notícias neles contidas, ao invés de fazer com que esses textos sirvam de motor ao desenvolvimento pedagógico do aluno no âmbito da escrita, principalmente no que diz respeito à sua capacitação como críticos da realidade que os cerca.
      Em minha opinião, o texto traz uma série de considerações extremamente relevantes com relação ao modo correto de avaliar a importância da leitura no crescimento pedagógico, principalmente no que diz respeito à utilização de jornais ou revistas como ferramentas de aprendizado. De fato, é fundamental relacionar o objeto de estudo ao cotidiano do aluno, garantindo seu interesse e levando-o a fazer associações com suas experiências particulares. Dessa forma, o estudante é incentivado a alimentar uma postura mais engajada, e pode aperfeiçoar e suas habilidades de escrita, de forma que as mesmas permitam uma maior interação com os aspectos do contexto social no qual ele se encontra inserido. Mas é importante ressaltar, que essa metodologia deve ser conduzida tendo como foco principal o desenvolvimento do hábito de leitura crítica e agregadora, que é capaz de munir o estudante de todos os instrumentos que poderão torná-lo adaptado às exigências da sociedade atual. 



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