Grupo 3
Esse é meu grupinho show de bola!
Não pude participar da apresentação porque estava em lua-de-mel, mas fui incumbida de postar uma resenha a respeito do assunto.
RESENHA
Em sua introdução, o texto faz
uma breve crítica à caracterização, comumente observada, da leitura como uma
prática voltada ao mero prazer pessoal, e ressalta a importância (muito
negligenciada) da mesma como um instrumento funcional capaz de instruir o
leitor acerca da realidade que o cerca, sendo, portando, um elemento de
integração social presente no cotidiano do indivíduo. A associação da leitura
exclusivamente com a ideia de lazer, entretenimento ou análises subjetivas e
pessoais de temas diversos é, portanto, limitadora, na medida em que exclui a
sua função de munir o individuo de ferramentas que o capacitem a criticar e
intervir na realidade. Dessa forma, os autores valorizam a contemplação da
leitura como um dever, uma exigência social, e não um simples método de
satisfação pessoal.
Além disso, o texto também rompe
com a noção comum de que a escrita é um mero instrumento de comunicação, e expande sua função como mecanismo que
permite a organização do próprio pensamento, por possibilitar as operações intelectuais
abstratas que se fazem cada vez mais necessárias no ambiente atual, moldado
pelas transformações do progresso tecnológico.
Esse mesmo progresso é o responsável pelo surgimento de uma grande
diversidade de formas para materializar a linguagem escrita, criando múltiplos
veículos através dos quais os textos podem ser transmitidos. Essa ampla variedade possibilita que públicos
distintos tenham acesso a esses conteúdos, estreitando as distâncias existentes
entre classes sociais ou diferentes níveis de instrução.
O texto também explora o caráter subjetivo que deve ser naturalmente
associado à leitura. Ou seja, o modo como o texto é interpretado pelo leitor
depende de inúmeros fatores intrinsecamente ligados à sua própria realidade,
incluindo aspectos sociais, culturais e emocionais. Dessa forma, a leitura
assume uma posição de extrema versatilidade, uma vez que o conteúdo abordado
pode ser absorvido de maneiras totalmente distintas dependendo da intenção do
leitor e do contexto em que o mesmo se encontra inserido. Como consequência,
são listadas 4 formas principais básicas de relacionamento com o texto:
leitura-busca-de-informações; leitura-estudo-de-texto; leitura do
texto-pretexto e leitura fruição-do-texto.
Em sua fase final, o texto passa a abordar a utilização da linguagem
escrita presente na imprensa como ferramenta pedagógica, capaz de aproximar o
aluno do mundo que o cerca, e tornar a experiência de aprendizado mais
prazerosa e significativa, por colocar o estudante em contato com temas que
fazem parte de sua realidade cotidiana.
Os dois veículos de imprensa abordados pelo texto são os jornais e as
revistas, sendo feita uma breve avaliação das características gerais e das
possibilidades de utilização de cada um deles. No que diz respeito aos jornais,
é discutido o fato de haver pouca motivação didática para a utilização de seus
textos como uma forma de introduzir uma leitura mais complexa entre os alunos,
sendo o seu uso comumente limitado à obtenção de informações. É feita, então
uma análise a respeito da popularidade da leitura de jornais no Brasil, além de
considerações quanto ao modo como são construídas as manchetes das edições, e a
natureza dos textos. Ao abordar a utilização de revistas, os autores destacam a
função cultural mais complexa que esse meio apresenta, lembrando que as mesmas
também possuem um caráter de entretenimento mais evidente do que os jornais.
Analisando a estrutura das revistas, o texto se detém sobre 2 pontos
principais, que podem ser aproveitados como fonte de atividades didáticas: a
capa e o índice.
Em suas considerações finais, o texto faz uma crítica à tendência de
utilizar jornais e revistas nas salas de aula tendo como foco a exploração da
estrutura específica desses meios, ou a simples análise das notícias neles
contidas, ao invés de fazer com que esses textos sirvam de motor ao
desenvolvimento pedagógico do aluno no âmbito da escrita, principalmente no que
diz respeito à sua capacitação como críticos da realidade que os cerca.
Em minha opinião, o texto traz uma série de considerações extremamente
relevantes com relação ao modo correto de avaliar a importância da leitura no
crescimento pedagógico, principalmente no que diz respeito à utilização de
jornais ou revistas como ferramentas de aprendizado. De fato, é fundamental relacionar
o objeto de estudo ao cotidiano do aluno, garantindo seu interesse e levando-o
a fazer associações com suas experiências particulares. Dessa forma, o
estudante é incentivado a alimentar uma postura mais engajada, e pode
aperfeiçoar e suas habilidades de escrita, de forma que as mesmas permitam uma
maior interação com os aspectos do contexto social no qual ele se encontra
inserido. Mas é importante ressaltar, que essa metodologia deve ser conduzida
tendo como foco principal o desenvolvimento do hábito de leitura crítica e
agregadora, que é capaz de munir o estudante de todos os instrumentos que
poderão torná-lo adaptado às exigências da sociedade
atual.
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